terça-feira, 16 de junho de 2009

E é ciúmes, ciúmes de você...


Hoje levei o Samuel e Maria Luiza no novo pediatra, porque graças ao meu querido plano de saúde, a medica deles, que era ótima, foi descredenciada. E eu, que como sempre ando mais dura que a ditadura, não tenho grana pra passar no particular, o que me obrigou a ter que ir atrás de um novo medico.
Encontrei um pertinho de casa e que tem bons horários, achei ele meio porção o Marcelo falou que é coisa da minha cabeça e que eu tô com preconceito pq ele é veio, mas me pareceu saber o que fala e me fez perguntas procedentes.


Como não estamos acostumados, ainda, a sair com os dois, levamos a minha sogra pra nos ajudar. Aí eu me pergunto, Pra que? A Malu deu o triplo do trabalho que já dá normalmente, chorou, esperneou, deu piti, resmungou, tudo porque estava com a vó por perto e sabe o grau de impunidade digno da Justiça Brasileira que isso traz a ela. É claro que eu, que já não ando com muita paciência, graças as minhas madrugadas Casas Bahia (de sonos parcelados) tive vontade, uma ou duas vezes de dar um belo puxão de orelha nela, mas na mesma hora lembrava como era a sensação de se sentir destronada, afinal de contas eu também sou a irmã mais velha e é claro, só pra variar me senti culpada com a situação. Afinal aquele comportamento agressivo dela era sua maneira de demonstrar ciúmes do irmão mais novo.

Ela ganhou da minha mãe duas bonecas bebês que sempre ficaram no fundo da caixa de brinquedos, nunca ligou pra elas, mesmo com o meu esforço repetitivo pra que ela largasse a bola e os carrinhos e fosse brincar com coisas de menina, afinal como eu ia comprar Barbies pelo menos duas vezes por ano se ela não pegasse gosto pela coisa? Que desculpa eu ia usar pra passar duas horas no meio de prateleiras de bonecas? Mas desde que o Samuel chegou, essas duas bonecas não saem do colo dela e a acompanham em toda parte. Sempre bem quentinhas, enroladas na fralda/cheirinho dela. Alimentadas com a comidinha que tira com uma colher descartável (que aliás, faz parte do rol de brinquedos sem procedência que ela adora) de uma caneca da Hello Kitty. Fora o naná no colo com direito a cantoria e tudo.

Ela esta obviamente repetindo um comportamento meu. E isso me deixou em estado de choque.
Mesmo que na teoria eu já esteja careca de saber que “filhos repetem o comportamento dos pais” que ”os pais são espelhos pros filhos”,blá blá blá... Quando isso acontece debaixo do seu nariz é algo assustador. Ela deixou bem claro cuidando das bonecas como nenês que eu sou referencia, exemplo pra ela.
E com um ano e cinco meses minha filha me ensinou a primeira de muitas lições que eu sei que aprenderei com ela, eu como mãe sou responsável não só por mantê-la alimentada, trocada, vestida e bem de saúde, minha responsabilidade maior é mantê-la feliz e fazê-la se sentir amada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário